Dia do Agrônomo
Hoje comemoramos o Dia do Agrônomo e aproveitamos a oportunidade para conversar com nosso Líder Agronômico Gonzalo Videla.
Com uma carreira notável no cultivo e na gestão de vinhedos, Gonzalo compartilha seu conhecimento e experiência na gestão de vinícolas, dando-nos uma visão das práticas agrícolas que contribuem para a excelência dos vinhos que produzimos, bem como das melhorias introduzidas em questões ambientais.
Como você começou a trabalhar com agronomia?
Acho que estudei agronomia porque morava em uma fazenda em Mendoza, onde meu pai era produtor de Malbec.
Estudei em uma escola técnica, a escola secundária agrícola, onde me formei em enologia e, quando terminei, decidi estudar agronomia.
Depois de me formar, trabalhei em um laticínio por alguns anos e, em 1993, dediquei-me totalmente à viticultura.
Como os conhecimentos de biologia e geologia atuam no campo da engenharia agrícola?
O conhecimento em biologia e geologia é muito importante para a agronomia.
A biologia nos permite entender o ciclo das plantas, suas interações com o ambiente e sua saúde por meio de técnicas agronômicas.
A geologia nos permite ter um bom conhecimento da composição, estrutura e capacidade de retenção de água e nutrientes do solo, o que é fundamental, juntamente com a amplitude térmica, para decidir onde plantar e como gerenciar um vinhedo.
De que aspecto do seu trabalho você mais gosta?
Para mim, trabalhar nesta vinícola é um verdadeiro prazer.
Estou aqui há 25 anos e não consigo me lembrar de um ano em que não tenha sido feliz.
Levantar e começar o dia é uma paixão.
Não consigo ficar em casa por mais de dois dias: adoro vir aqui, ver as pessoas, estar com os produtores que conheço há tantos anos.
Eu gosto disso, é uma paixão.
Quero dizer, não é um fardo.
Gosto de me levantar, entrar na van, estar consciente e vir para cá.
Como é o seu dia a dia?
Acordo por volta das 7h, tomo café da manhã, respondo e-mails e depois pego a van e vou a uma fazenda para ver os produtores, para ver como eles estão.
Às sextas-feiras, faço todo o trabalho administrativo, que envolve a solicitação de equipamentos, peças de reposição para máquinas, fertilizantes orgânicos.
Há muita análise e intercâmbio com os fornecedores para ver como estão se saindo.
Às vezes, devido a barreiras de importação ou substituição de peças, o equipamento não é viável, então tentamos desenvolver nossos próprios produtos para atender a uma necessidade.
Que mudanças você está implementando no vinhedo para tornar as práticas mais amigáveis à natureza?
Há muito tempo tomamos decisões orientadas pela necessidade de proteger o solo e preservar a integridade dos vinhos que produzimos.
A escolha de insumos mais naturais não foi simplesmente uma tendência, mas um compromisso de cuidar de nossos recursos e de nosso pessoal.
É um caminho que continuamos a seguir e no qual buscamos melhorar a cada dia.